sábado, 14 de setembro de 2013

Depoimentos de Leitura e Escrita

Anne Karinne 

Que bom poder relembrar o passado!
Meu primeiro dia de aula...Recordo-me como se fosse hoje! Confesso que chorei muito, pois não queria me separar da minha mãe. Foi difícil a adaptação, mas depois tudo fluiu bem, amizades, uma professora dedicada e amorosa. A cartilha “Caminho Suave” fez parte da minha vida e acredito que também de muitos colegas. Cadernos de caligrafia, lições de casa, horas de estudo com minha mãe ao lado e a alfabetização aconteceu e abriu portas para um mundo novo e encantador. Tantos são os livros que fizeram parte da minha infância e início da minha adolescência, dentre esses um que me marcou foi “Chapeuzinho Vermelho”. Entrei naquele mundo, viajei com as crianças, comecei a sentir que fazia parte daquela história.

Era maravilhoso! Passei a gostar de ler a partir dali. É claro que li vários outros: “Meninos de Asas”, “O Feijão e o Sonho”, “O Escaravelho do Diabo”. Sempre que surgia uma oportunidade dada pela professora de Português, montávamos grupos para representar as partes que mais gostávamos das histórias e adaptá-las ao teatro, adequando roupas, ambientes, não tínhamos ideia da importância disso no desenvolvimento da produção de textos. Aprendíamos e desenvolvíamos a leitura, produção, oralidade, espírito critico e de grupo. Gostava tanto de tudo que passei a participar das comemorações cívicas que tinha na escola, lia poesias, representava em festas da escola para a comunidade. Tudo fez mudar o meu jeito de ser, pois era muito  tímida, tampava o rosto com as pastas ou papeis. Foi um período marcante em minha vida, pois tudo que aprendi me levou a ser uma professora de Ciências, a partir do exemplo de professora e mãe que tive, com a sua competência em construir leitores competentes.  

          



Elizabete










Marilete










Marta

Lembro que na minha infância não tínhamos televisão, a única coisa que tinha era alguns livros que meus primos me davam. Foi assim que comecei a ter contado com a leitura e escrita, gostava muito de ler fotonovelas, viajava com aquelas estórias onde tudo no final dava certo, li muito gibi também, na minha infância não tínhamos a facilidade que nossos alunos têm hoje para ler um bom livro, pois morava em uma chácara, e a condição financeira de meus pais não era as melhores.



Nilza

Olá pessoal através da leitura nos viajamos no tempo e na imaginação, me recordo de algumas experiências onde alguns livros eram recomendados pelo professor de Português, e depois tínhamos que fazer uma prova deste e também fazer um resumo do livro, assim foi despertando o interesse pela leitura os que me marcaram foram os romances como A Moreninha, Meu Pé de Laranja Lima, Primo Basílio entre outros, foi muito bom.

        
                           
Rosmeire

Ler é descobrir o mundo sob todas as fórmulas, é viajar no tempo, desvendar os códigos da escrita através da magia: fórmulas, tabelas, gráficos, esquemas, propagandas. Enfim, é o exercício da eterna aprendizagem. Minhas primeiras motivações pela leitura foi quando eu estava na escola, há 41 anos atrás, isto no primeiro ano escolar. E um dos fatos que me marcou é que minha professora, uma vez por semana, ao final da aula lia uma história, ali ela fazia toda as dramatizações dos personagens naquela época, Chapeuzinho Vermelho e outros os quais não me lembro, e o que mais me encantava era vê-la lendo com maior entusiasmo e dedicação, com a alma e o coração, o que me emocionara várias vezes. Após a leitura do livro ela pedia para que eu fizesse a reescrita do mesmo com desenhos dos personagens e com a fala deles. E era muito gostoso, eu amava tudo aquilo e muitas das vezes ela dividia a sala em grupo e cada um ia até á frente da sala contar as partes do livro. Alguns iniciavam outros, falavam do enredo e os demais do desfecho da história. Isso foi marcante ao longo da minha vida. Já na quinta série, li Cachorrinho Samba, Meu Pé de Laranja Lima e outros. Já nas séries posteriores, li Senhora, Lucíola, Dom Casmurro histórias que me marcaram muito também. Atualmente graças a recomendação feita por uma amiga de longas datas, Osmarina Rodrigues, tive o privilégio de ler mais de 1600 páginas dos três volumes Cinqüenta Tons foi maravilhoso essa experiência, pois afinal amigo também incentiva o outro a ler, percebo  isto na escola.
Ah! Sem falar dos livros que li com mensagens de auto estima, livros gospel e outros. Ler para mim.
É amor, é sonho que se torna real, algo de positivo que se filtra no interior de cada coração leitor.



                         




Valéria


Uma das maiores emoções da minha vida foi quando entrei na Escola, os primeiros dias de aula, aprender a segurar o lápis, conhecer as letras do alfabeto, os números, aquele monte de crianças da minha idade, fiquei fascinada.. A sala era toda enfeitada com desenhos e letras, lembro até do cheiro da massinha de modelar. Quando aprendi juntar as silabas, formar palavras e ler sem engasgar foi uma vitória. Desde cedo tive muita curiosidade em desvendar aquele monte de letras, observava as figuras e inventava histórias para que meus primos pensassem que eu sabia ler. Em casa minha mãe lia todos os dias uma história para mim e parecia que eu estava vivendo o que ela contava.
Nas primeiras séries do primário tive ótimos professores que lembro com muito carinho (Sr. Damião Gonzales e Sr. Alonso Segura), eram pessoas muito a frente do seu tempo.  Fui alfabetizada com a cartilha “No Reino da Alegria”, mas meu professor era muito caprichoso, montava jogos com silabas para formar palavras, eu adorava estudar e aprendia com muita facilidade. Eles sempre levavam livros na sala e dava alguns dias para lermos e depois cada um contava sua história para os colegas. Já era feito um trabalho com a oralidade. No ensino fundamental fui aluna da D ª. Célia Gallo, ela indicava o livro para lermos e depois fazer a prova. Nossos pais eram quem compravam os livros. Ela lia contos de um jeito gostoso, com entonação, seus gestos nos contagiava, eu queria ser inteligente como ela, falar palavras bonitas, e entender de coisas importantes. Li muitos livros como: Iracema (A Índia dos Lábios de Mel), Helena, Iaiá Garcia, Olhai os Lírios do Campo, Vidas Secas e outros. Mas, o que mais chamou minha atenção foi “Senhora” de José de Alencar, a narrativa da época era bem detalhada, parecia que eu estava vivendo a história de Aurélia de Camargo e Fernando Seixas, ficava torcendo para ficassem juntos logo. Terminei o ensino médio e fui cursar Ciências Biológicas, trabalhando e estudando fui deixando de me dedicar à leitura como antes. Esta atividade despertou em mim a vontade de ler novamente um livro que na adolescência não tinha maturidade para entender e sempre fiquei na dúvida se Capitu traiu ou não Bentinho. Terminando este bimestre vou ler Dom Casmurro.

       

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